terça-feira, 18 de novembro de 2014

Crítica: Trinta

Por: Vinicio da Matta
Criatividade e inovação. Essas foram, durante pelo menos vinte anos, as palavras que marcaram a carreira do carnavalesco Joãosinho Trinta.
Em um filme lançado no último dia 13, o diretor Paulo Machline
conta a trajetória de João Clemente Jorge Trinta. O rapaz que saiu do Maranhão para fazer ballet no Rio de Janeiro, conseguiu conquistar o Carnaval, na Acadêmicos do Salgueiro, em seu primeiro ano como Carnavalesco.
Interpretado brilhantemente por Matheus Nachtergaele, o filme mostra o crescimento profissional de Joãosinho. Do balé no Municipal, onde conhece Zeni (Paola Oliveira) e o cenógrafo Fernando Pamplona (que será enredo da São Clemente no próximo Carnaval). o preconceito sofrido por ser bailarino e o momento em que Pamplona deixa o teatro e migra para o carnaval levando João consigo, e é a partir daí que começa a brilhante história de Joãosinho no Carnaval. 
O processo criativo do Carnavalesco era considerado visionário para época. Ele era capaz de transformar materiais simples, como forminhas de doces, em algo grandioso para as fantasias e alegorias.
A direção de Arte, figurino e fotografia são um ponto forte do filme. A reconstituição dos figurinos e do barracão teve um cuidado, principalmente na paleta de cores que ficaram perfeitas.
Por último e não menos importante, a atuação do elenco é impecável. Nachtergaele conseguiu passar toda a doçura e a inteligência de Joãosinho e arrancou risos na cena em que surta no barracão da escola. Milhem Cortaz também mandou bem no papel de Tião, chefe do barracão do Salgueiro. Ele fez um contra ponto interessante com o personagem de Matheus. 

Não sei se o filme pode ser classificado como uma cinebiografia, porque não narra a história completa de Joãozinho, mas vale apena assistir e conhecer um pouco mais sobre esse cara que revolucionou a maneira de fazer carnaval.   

Veja o trailler do filme:



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