terça-feira, 28 de outubro de 2014

Especial : Cacique de Ramos

Por: Thays Girardi
No dia 20 de Janeiro de 1961, dia de São Sebastião, nascia uma lenda no subúrbio carioca da Leopoldina. Era formado, naquele ano, um bloco de carnaval, o Grêmio Recreativo Cacique de Ramos.
 Localizado na Rua Uranos, nº 1326, foi berço de uma verdadeira família de grandes sambistas, como: Bira Presidente, Almir Guineto, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, João Nogueira, Monarco, Valter 7 cordas, Dida e Dodô, que juntos, ajudaram a transformar o Cacique num patrimônio cultural do samba do Brasil.


A lendária Tamarineira
O Cacique de Ramos revitalizou o carnaval brasileiro, quebrando paradigmas e colocando na avenida uma novidade até então nunca vivida antes: a explosão de alegria de mais de 10.000 foliões fantasiados de índios, desfilando sem interrupção durante os 3 dias de carnaval na Av. Rio Branco, somente encerrando na terça-feira.
Três anos após os 50 anos do Cacique, Ubirajara (Bira), fundador e único presidente da instituição, foi presenteado por sua Diretoria de Ouro com um busto de bronze que foi instalado na estrada.


Bira e sua Diretoria de Ouro continuam desenvolvendo projetos para resgatar e preservar a história do bloco, além de comemorarem a mais nova criação: o Centro de Memória Domingos Félix do Nascimento. Esse Centro reúne fotos históricas e informações importantes  do Doce Refúgio.
A cantora Elza Soares foi umas das primeiras a ser aproximar do bloco e Glória Maria, jornalista global, foi a primeira Princesa. Os trabalhadores sempre trabalharam de graça por acreditar num sonho, projetou também jogadores de futebol como: Vanderlei Luxemburgo e Jairzinho.
Beth Carvalho é a referência e eterna madrinha dos sambistas. Zeca pagodinho teve sua carreira alavancada após ter passado por lá, tudo em virtude de uma crença ou uma benção, a tamarineira, árvore de origem indígena no qual servia de ‘’ajuda’’ para aqueles que quisessem ser bem sucedidos na carreira.
Após terem recebido as bênçãos desta árvore tão especial, surgiram grandes valores como: Dudu Nobre, Neguinho da Beija-Flor, Mussum dos Trapalhões, Flavinho da Silva, Jorge Perligero, Leda Nagli, Romeu da Lapa (Criador das fantasias do cacique), além de muitos outros. A renovação de grandes talentos sempre foi uma grande característica do Cacique.

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